Apresentando o Pinpoint

Fazer uma apresentação interessante não é muito fácil. Com a grande variedade de recursos audiovisuais disponíveis hoje em dia, grande parte das apresentações são preparadas sem levar em conta a principal atração, que é o apresentador.

O grande desafio é equilibrar a atenção dos espectadores entre o material audiovisual e o discurso do apresentador e, nesse sentido, o formato de apresentação utilizado por Lawrence Lessig é um dos melhores que já vi. Em suas apresentações, ele faz um discurso, que é acompanhado por slides minimalistas, contendo geralmente uma palavra, frase ou uma imagem de fácil interpretação. Os slides são trocados sem sua intervenção e, na maiorias das vezes, ele nem olha para eles, a não ser que haja a necessidade de uma explicação mais detalhada. Para ter uma ideia melhor, vale a pena assistir uma de suas apresentações cujos temas tratam geralmente da liberdade cultural e o uso de licenças mais abertas como as licenças Creative Commons.

Fiz esse comentário sobre o Lessig pois foi justamente desse modelo de apresentação que me lembrei quando conheci o Pinpoint. Numa descrição rápida, o Pinpoint é uma ferramenta para elaboração e execução de apresentações, mas a forma como elas são preparadas é um pouco diferente da utilizada por ferramentas mais tradicionais como o PowerPoint ou até mesmo o LaTeX.

No Pinpoint, as apresentações são escritas através de um arquivo de texto bem simples, onde são descritos os slides a serem utilizados na apresentação. Para cada slide, define-se um texto e algumas propriedades como a posição do texto na tela, o tamanho, a imagem de fundo a ser utilizada e a transição. Além disso, é possível definir no início do arquivo uma configuração padrão para essas propriedades. Pela forma como é composto o slide, o resultado acaba lembrando o modelo utilizado na apresentações de Lessig.

No site do projeto, há um vídeo que mostra os recursos que a ferramenta disponibiliza. Dentre eles, vale destacar algumas transições que se utilizam de efeitos de aceleração gráfica, a utilização de vídeos como pano de fundo dos slides e a possibilidade de executar comandos através de um pequeno terminal durante a apresentação, o que permite abrir aplicativos e torna a ferramenta muito interessante para apresentações na área de tecnologia. O projeto está atualmente em desenvolvimento e vale a pena acompanhar as novidades que vêm surgindo.

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